16/05/2023
Ser mulher é sem dúvida alguma, uma das tarefas mais complexas e difíceis que existe. Isso porque, vivemos numa sociedade patriarcal, onde o machismo permanece enraizado, mais forte que nunca.
Por séculos, a mulher permaneceu submissa e dependente, sofrendo pelo simples fato de ser mulher e, ainda assim, carrega na alma o estigma da proteção e infinita bondade, além de ter que conciliar qualquer que seja a sua profissão com os afazeres de casa/filhos.
Além da violência contra as mulheres cisgênero, o Brasil é o país que mais mata pessoas transsexuais no mundo pelo décimo quarto ano consecutivo, segundo ao site de notícias UOL, ao mesmo tempo que também somos o país que mais consome pornografia incluindo pessoas transsexuais no mundo. As mulheres trans são extremamente violentadas e marginalizadas em todos os aspectos, seguem tendo que lidar com o machismo, a transfobia e todas as agressões que essas opressões trazem consigo.
Este artigo, não coincidentemente, é publicado no mês de março, quando comemoramos o dia internacional das mulheres e, tem como propósito dar início a uma série de artigos criados com o objetivo de dar voz a todas as mulheres da cidade e região.
Pessoas comuns como eu, que assim como a grande maioria das mulheres acumula uma vasta gama de atividades oficiais e extraoficiais, algumas remuneradas e outras gratuitas, tão comuns nos tempos atuais.
Mulheres que sonham com novos tempos, com uma mudança de fato, mudança de comportamento, reconhecimento da sociedade pela igualdade, pela liberdade e segurança.
Mulheres anônimas como a Teresinha costureira, que além do seu trabalho, que sustenta toda família, é mãe, avó, esposa e dona de casa; a Gabi manicure que também acumula sua jornada profissional com o lar e filhos, e de outras mulheres públicas como a Prefeita de Francisco Morato, Renata Sene, que teve seu trabalho de ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) destacado na ONU e, a vereadora por Caieiras, Josie Dártora, que tem se destacado pela coragem de enfrentar todo sistema político local, denunciando ações e descasos da gestão pública, enquanto todos se calam diante dos fatos.
Por fim, é em nome dessas mulheres, que deixo aqui meus sinceros parabéns a todas pela coragem de simplesmente serem mulheres e de viverem na luta por tempos mais justos.
Shyrley Beruezzo é Jornalista, Bacharel em Direito, Pós-graduada em Direito do Trabalho.
(Você também pode participar dessa coluna, mandando sugestões de temas para o email shy_beruezzo@outlook.com)